Henri Marie Raymond de Tolouse- Lautrec Monfa,francês, pintor Pós- Impressionista, conhecido por pintar a vida boêmia de Paris do final do século XIX,ele mesmo um grande boêmio e, que faleceu precocemente de sífilis e alcoolismo em Saint-Andrè-Du-Bois, no dia 9 de setembro de 1901.
Toulose- Lautrec, deixou um legado importantíssimo, tanto pela quantidade e qualidade de suas obras, como pela popularização e comercialização de Obras de Arte.
O que poucos sabem, é que ele foi um dos primeiros diretores de arte da publicidade e um redator de mão cheia.
Reza a lenda, que um fabricante de roupas pediu um cartaz que retratasse seus produtos e, perguntou se Lautrec, também não faria um texto para acompanhar a distribuição dos cartazes.
Henri, como era conhecido, fez um dos mais belos textos já escrito sobre a Elegância, e que, incrivelmente, não diz uma palavra sobre roupas.
O contratante, maravilhado pelo conjunto da obra, cartaz e texto, mesmo assim distribuiu os dois e, foi um dos maiores sucessos da Paris do século XIX.
"A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO"
Henri Toulouse- Lautrec
Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas,quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, por exemplo. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber que você teve que se arrebentar para o fazer... porém, é elegante reconhecer o esforço, a amizade e as qualidades dos outros.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição...
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
É elegante a gentileza. Atitudes gentis falam mais que mil imagens... Abrir a porta para alguém é muito elegante... Dar o lugar para alguém sentar... é muito elegante... Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma... Oferecer ajuda.... é muito elegante... Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante...
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: - Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irá desfrutá-la.
Fonte: Wikipédia e Cadernos de Tolouse- Lautrec
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